terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nem ponto
nem vírgula
me separam
do infinito

CANÇÃO DE UM FILHO DA PUTA

Que consagrem-se os amigos
que me trouxeram até aqui
com adornos místicos
e uma grande e brilhante auréola

Que queimem meus inimigos
que me pintaram
nos muros de sôdoma
como um grande demônio

Estavamos todos perdidos
quando caiu a noite
todos nós jogados
todos pelas sargetas

Irmãos,
filhos da velha puta
mãe dos homens
mãe dos desgraçados
os olhos da verdade
estão cegos...
Ó mãe dos desgraçados
levai-me para os sórdidos recantos da escuridão
acalenta-me entre os seus
alimenta-e com tudo o que é vil
Ó mãe, ó mãe...
a pureza está perdida
e nada será como antes.