segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vamos brincar, vamos ver o sol
Sol de setembro, colheita de calor
Vamos ver o sol queimar
Deixar tudo no ar como fumaça
Fumo no ar... Fuma, fumo
Vamos brincar de se queimar
Vamos brincar de setembro
Agonizando em asfalto quente
Ou debaixo das arvores com os velhos bêbados
Vamos brincar de setembro.
Hoje estamos por cima, hoje estamos com asas coloridas e mascaras azuis de felicidade, riso cortante, olhos que brilham como os olhos dos loucos do terminal... mergulhos constantes no rio leteu. Abrimos a boca e já não sai nada, nenhuma palavra de equivoco, nenhuma injuria, sem pragas fatais, sem cobranças de sangue, nenhuma réstia do que foi ontem... Ontem?! E hoje chove, hoje chove como nunca choveu antes, gotas de chuva que caem sobre nosso corpo dolorido, dolorido, mas feliz. Que dor é essa afinal? Sem culpa, mergulhamos de novo no rio leteu.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Embreagues Devota

Me vejo na terra, sangrando,
ferido, sigo sem rumo,
vinho e ervas consumo,
aos céus eu subo sonhando,
os acertos e erros contando
na fumaça torpe das nuvens,
fico a esperar que me julguém
os seres alados da morte,
dopado, ferido, sem sorte
visagens felizes me iludem,
viram, reviram e confundem
os sentidos reais de minh'alma
e tudo isso me acalma
das dores que tenho sentido.