terça-feira, 2 de junho de 2009

Esperaste a alvorada? Com os dentes serrados esperaste a alvorada, Homem só? Esperaste? O dia sem cor,cheio de lamentos; a tarde morna, cheirando morte. Melhor dormir sob os lençóis dos mendigos da estação, sob o céu dos lunáticos, torpe pelo álcool das garrafas-amuleto benzidas pela aguardente... Espera... Espera... Homem só! Não aguarde os primeiros raios de sol, melhor será esquivar-se a luz, melhor será esconder-se num recanto de si, sob a poeira dos tempos, sob fuligem das ruas, longe do riso das pessoas, longe do fogo das almas alheias porque a alvorada vem sem dó nem piedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário